A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

janeiro 31, 2011

Em algum lugar do passado – uma relação de amor e ódio

Talvez seja mais comum acontecer com uma música que com um filme, mas a associação de uma obra a uma pessoa e/ou fase de nossas vidas é por vezes inevitável, inconsciente, está fora de nosso controle. Quantas vezes achamos que não seremos mais capazes de ouvir uma música em particular, porque nós a associamos com alguém e, ao invés de apreciá-la por prazer, a apreciamos por masoquismo?

“No aceptar otro orden que el de las afinidades, otra cronología que la del corazón, otro horario que el de los encuentros a deshora, los verdaderos.” – Julio Cortázar

Acontecerá o mesmo com os filmes? No caso das músicas será que nos obrigamos a fechar os olhos e mantemos a mente aberta para ficarmos predispostos a nostalgia?

Não. Com filmes a situação é diferente: eles exigem diferentes níveis de concentração e, sendo obviamente mais extensos que as músicas, não nos predispõem tanto a nostalgia.

Mas há exceções à regra. A mim acontece algo similar com “Em algum lugar do passado” (Somewhere in Time, 1980), filme que eu tenho uma relação de amor-ódio, principalmente porque me leva de volta ao início de minha juventude, logo depois do ensino médio e a um encontro cinéfilo que, hoje, à distância, estranho por sua ingenuidade. Talvez seja por isso que mal posso pensar em revê-lo hoje e não sentir-me emocionalmente perturbado. É como se fora mais que um filme … é como um cartão postal de um tempo de juventude se foi para sempre …

E você? Que filme não pode nem pensar em voltar a ver? Por quais razões? Espero sua contribuição.

7 Comentários »

  1. eu não entendo esta sua relação com o filme.
    é um filme bonito, com um toque de espiritualidade.
    quanto as musicas: nossa vida esta sempre costurada a musicas e a situações…cenas…retratos…lembranças vinda de longe.
    tenho imagens que se formaram muito cedo na minha cabeça e que eu as XX questiono se são verdadeiras ou se eu as inventei.
    quanto aos filmes, eu não tenho nenhum assim, QUE EU ODEEEEIE!!!
    ao contrário, tem filmes q

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    Comentário por Lilly — janeiro 31, 2011 @ 17:22 | Responder

  2. eu não entendo esta sua relação com o filme.
    é um filme bonito, com um toque de espiritualidade.
    quanto as musicas: nossa vida esta sempre costurada a musicas e a situações…cenas…retratos…lembranças vinda de longe.
    tenho imagens que se formaram muito cedo na minha cabeça e que eu as XX questiono se são verdadeiras ou se eu as inventei.
    quanto aos filmes, eu não tenho nenhum assim, QUE EU ODEEEEIE!!!

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    Comentário por Lilly — janeiro 31, 2011 @ 17:22 | Responder

  3. Quase vivi uma relação de amor e ódio por um filme… Meu tio me levou ao cinema pela primeira vez na vida, ele imaginou que eu queria assistir ao filme dos Trapalhões – A Lâmpada de Aladim, mas como estava passando um outro filme escolhi então Horizonte Perdido, ma-ra-vi-lho-so !!! Depois assisti na TV um pedaço do tal filme dos Trapalhões e não pude deixar de pensar do que me livrei… Assim como Lilly acho o Filme em Algum Lugar do Passado, bonito mas não é meu favorito. A música Reflexion of my Life do Grupo Marmalade é triste por si só, sem precisar estar associada a situações ou alguém, portanto não escuto.

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    Comentário por Emília — janeiro 31, 2011 @ 19:23 | Responder

  4. De filme talvez eu consigo rever uma segunda vez…mas falando de música…Eu não posso ouvir nem a primeira nota musical de qualquer música do ABBA. Que horror!!

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    Comentário por Alim Soares — janeiro 31, 2011 @ 19:23 | Responder

  5. ÓDIO,CREIO QUE NÃO TENHO POR NENHUM.
    MAIS DESDE QUE ASSISTI COM MEU MARIDO O FILME GHOST,QUE ME VI NELE.HOJE ENTÃO É COMO SE FOSSE ASSIM MESMO.

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    Comentário por Irany — janeiro 31, 2011 @ 20:08 | Responder

  6. EU NAO POSSO OUVIR ILUSION DE MARISA MONTE DUETO QUE ELA GRAVOU COM JULIETA VENEGAS MARCOU UMA FASE DE DOR DE COTOVELO RSRS

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    Comentário por MARCIA — março 17, 2012 @ 0:06 | Responder

    • Oi Marcia.
      Agradeço pela visita.
      Música é algo fantástico! Nos marca, nos faz sentir vivos… e também cura feridas.
      Abrs.

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      Comentário por Augusto Martini — março 17, 2012 @ 0:50 | Responder


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