A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

outubro 6, 2010

E lucevan le stelle, ária da ópera Tosca, de Giácomo Puccini

A ação se desenvolve em Roma, Itália, no ano de 1800. O pintor Mario Cavaradossi está trabalhando em um quadro de Maria Madalena na Igreja de Santa Maria degli Angeli, quando aparece, ofegante, o seu amigo Cesare Ancellotti (já cônsul da República Romana) que havia fugido da prisão de Castel Sant’Angelo onde havia sido aprisionado pelo chefe da policia Vitellio Scarpia. Mário, de sentimentos liberais, lhe oferece refúgio na própria casa e informa a sua amante, a famosa cantora Tosca.

Castello di San Angelo

 

Mas Scarpia, há muito tempo atraído pela beleza de Tosca, está já nos rastros do fugitivo e, descoberto tudo, manda prender Mário e o condena ao fuzilamento. Pouco antes de morrer, Mário escreve estes versos de amor pela sua amada – Tosca – na sua cela de Castel Sant’Angelo.

E eu considero essa uma das músicas mais lindas do mundo!

E lucevan le stelle

E lucevan le stelle
ed olezzava la terra.
Stridea l’uscio dell’orto
e un passo sfiorava la rena.
Entrava ella fragrante
mi cadea fra le braccia.
Oh dolci baci, o languide carezze,
mentr’io fremente
le belle forme
disciogliea dai veli.
Svani per sempre
il sogno mio d’amore.
L’ora é fuggita
e muoio disperato,
e muoio disperato.
E non ho amato
mai tanto la vita.
Tanto la vita!


Tradução
 
E reluziam as estrelas
e perfumava a terra.
Rangia a porta da horta
e um passo roçava a areia.
Entrava ela fragrante
me caia entre os braços.
Oh doces beijos, oh lânguidas caricias,
enquanto eu fremente
as bela formas
livrava dos véus.
Desapareceu para sempre
o sonho meu de amor.
A hora fugiu
e morro desesperado,
e morro desesperado.
E não amei
nunca tanto a vida.
Tanto a vida!

1 Comentário »

  1. Fico pensando se as gerações futuras terão a capacidade e inspiração para escrever/criar poesias e textos tão belos. Haverá espaço para a imaginação, para a criação? Em meus tempos de adolescente tinha uma amiga inspirada que escrevia poesias, textos bem bonitos, inocentes até, dentre eles um ficou registrado em minha memória: “Felicidade é saber avaliar a presença de alguém que não tem nada de especial, mas que traz nos olhos o brilho que diz: Estou aqui porque você está!!!” by Teresinha R.R. de Lima. O que se vê hoje em dia são cérebros velozes em localizar comandos mais adequados de um computador, num rotineiro copiar/colar de textos e imagens que vão para o Orkut…e outras redes sociais. E o que é aquilo que escrevem? Textos cheios de consoantes e só quem é “da tribo” entende. Qual será a inspiração do futuro?

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    Comentário por Emília — outubro 6, 2010 @ 20:12 | Responder


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